sábado, 15 de março de 2008

Traurig @

Não sei...
Vir de uma vida, mudar para outra... tantas mudanças, tanta coisa nova... nunca vemos ao certo o que muda. As coisas tornam-se diferentes e pensamos sempre que suportamos essa diferença, aliás, achamos mesmo que a diferença é que vai melhorar essa nova vida. Mas será?
Isto porque acreditamos sempre que as coisas vão mudar para melhor.
Quando mudei, acreditei que a distância apertasse a saudade, que a saudade apertasse o carinho, carinho que apesar de sempre existente estava escondido e só se manifestava em momentos extremos. Pensei que conseguisse mudar. Mas a vida assim não o deixou. Manteve as coisas lá dentro tal como estavam, com aquela dor e com aquela incompreensão do mundo, achando sempre que os outros tinham e têm sempre o melhor, que tudo o que o rodeia é triste e desprezível... desprezível...
Às vezes quero mesmo compreender o que se passa à minha volta, a razão, o porquê, mas custa tanto encontrar uma resposta! Será que há um motivo certo para ser-se assim?
Querer amar, mas não deixar esse amor expandir-se. Será que há uma chave para esta porta que há tanto tempo se fechou e agora não há forma de a abrir? Será que há paciência que aguente tanta falta de compreensão?
Eu quero compreender, mas também quero que me compreendam.
Sinto falta de tudo, de todos. Não daquela vida mesquinha, mas das pessoas que passaram por ela, das coisas que realizei nela, dos sonhos que encontrei, mas que jamais os realizei…
Queria que algumas coisas se mantivessem tais como estavam, claro que muitas teriam de mudar, mas algumas, apenas algumas, ficassem tal e quais. Apenas porque eram de uma imperfeição tão perfeita, tão compreensível, que queria pelo menos puder mantê-las comigo, juntas a mim. Porque há coisas que nem a mudança pode mudar, apenas a saudade e a falta que sentimos delas.
Enfim, pensei que no meio de tanta mudança conseguisse encontrar algo idêntico ao que queria manter. Nada que substitui-se aquelas coisas ou pessoas tão especiais na minha vida, mas algo que as pudesse manter e encontrar novas que me dessem tanta felicidade quanto estas.
Não posso pedir milagres quando me esforço e esse esforço vai todo por “água a baixo”, quando tento encontrar e dar tudo aquilo que tanto anseio e que de mais precioso tenho. Mas quem sabe o que a vida me reserva de futuro? Quem sabe se não é cedo demais para tomar tantas conclusões?
Talvez um dia encontre respostas e aí terei novas perguntas, novos desafios para questionar e interpretar… enfim, enfim… um dia…

domingo, 2 de março de 2008

Vida @

Todos os dias tropeçamos em linhas da vida, linhas estas que curvam quando menos se espera. Em momentos, chegamos mesmo a pensar que a vida não presta, que vivemos em constante perigo, melancolia e tristeza, que a vida é feita de mágoa e sofrimento, esquecendo mesmo as coisas que realmente nos fizeram, em momentos, muito felizes, talvez mesmo alegrias supremas.

Tal como todos, cada um tem os seus problemas, mas por vezes fazemos desses problemas grandes pesadelos, algo interminável do qual não conseguimos fugir, afligimo-nos e sentimos tão sós e perdidos que chegamos a ter ideias disparatadas.

A verdade é que na vida todos temos os nossos problemas, uns piores que os outros, mas não deixam de ser problemas adaptados à realidade de cada um. Hoje terminam uns e amanhã aparecem outros. Obstáculos que nos atravessam à frente todos os dias e que temos de os saber enfrentar da melhor maneira. São nesses momentos que muitos contam com o apoio daqueles que lhes são mais queridos, normalmente, amigos e família.

Sim, são estas pessoas com quem muitas vezes gritamos, criticamos e ofendemos com verdades e insultos mesquinhos que vão lá estar quando mais precisarmos, porque acima de tudo não podemos ser contentados com mentiras mas sim ofendidos com verdades. Temos de saber aceitar as críticas que nos são feitas, de ouvi-las e se não concordarmos darmos a nossa palavra em relação a isso.

Estas pessoas também nem sempre estão certas. Por exemplo, quando cometemos um erro no passado e queremo-lo esquecer e seguir em frente com a vida e elas estão-nos constantemente a lembrar aquilo que fizemos e que em tempos fomos. Algo em que errámos e não queremos lembrar. Mas quando estas o fazem, não é para nos magoar. Apenas têm medo que voltemos a cometer o mesmo erro e então fazem questão de nos relembrar as coisas “más” que fizemos e que se calhar até muitos magoámos. O que elas não sabem é que uma vez que já passou e que conseguimos ultrapassar esse erro, que em tempos foi um problema, estarem constantemente a pôr o assunto na “mesa” pode ser muito frustrante e até mesmo em vez de nos abrirem os olhos estarem-nos só a afastar deles.

Não podemos evitar o que fizemos, mas podemos tentar redimirmo-nos no que errámos. Não podemos desfazer o acontecido, mas podemos aprender com o que aconteceu. Temos de saber ver os erros e tentar não repeti-los. Temos de aprender a perdoar quem os comete, porque a vida é mesmo assim, feita de erros e enganos. E antes de aprendermos com os erros, temos de tentar evitá-los!

Em momentos menos bons temos de apoiar-nos uns nos outros e pensar principalmente naqueles momentos perfeitos, naqueles momentos que podemos dizer que estivemos em perfeita harmonia, numa paz inatingível. Temos de saber apoiar-nos nos nossos sonhos e objectivos, pois a nossa essência de viver são esses mesmos sonhos que temos concretizados e por concretizar e o amor que temos por receber e para dar.

Temos uma meta por atingir e essa meta é que nos traz forças para continuar a lutar e ultrapassar todos os problemas. Ultrapassá-los com muito amor, carinho e dedicação. Estarmos sempre prontos a ajudar e a receber a ajuda que nos é oferecida!

Enfim, guiar-nos de momentos perfeitos, de alegrias supremas, não desprezando os erros e os problemas!